Se sua conexão estiver lenta as músicas não carregarão, nem a música de toc automático, a página demorará um pouco para abrir mas aguarde, vai VALE A PENA...

A Amazônia e VC

O aplicativo amazonia. vc ja está disponivel no Orkut, clique na imagem abaixo:
Você será direcionado diretamente para o aplicativo, no lado direito da página você terá as opções:


>>>Adicionar ao meu perfil
>>>Postar atualizações para os meus amigos


>>>Adicionar esse aplicativo dará ao mesmo acesso às informações do seu perfil público e à sua lista de amigos.

As “informações públicas do perfil” são todas as informações que estão disponíveis em seu perfil. Elas não têm uma configuração de privacidade que limite o acesso a amigos de amigos, a amigos ou a você. Ao clicar em “adicionar aplicativo”, você toma conhecimento das informações acima e aceita os Termos de Uso do OpenSocial.

Abaixo destas informações você terá a opção:

<<<<<< ADICIONAR APLICATIVO >>>>>>


Ao adicionar o aplicativo uma página com um mapa de satélite será aberta, (é nele que você poderá deixar o seu protesto.

Você vai clicar no sinal de (+) visualizado na figura abaixo:

Clique uma, duas, três vezes no sinal até que o sinal (+) vizualizado na figura abaixo desapareça, passando a aparecer somente a imagem simbolizando a queimada.

Clique nela e aparecerá um frame identificando a queimada como no exemplo abaixo.

Queimada

* Queimada identificada em: 07/09/2008 às 15h30
* Municipio: Novo Progresso
* Estado: Pará
* Dias sem chuva: 18

Protestando...,

733 protestos

Clique na opção EU PROTESTO e seu protesto será computado.

Você terá o poder de ir a uma região do amazônia e deixar ali seu protesto contra aquela queimada, alertando as autoridades e mostarndo a elas que você está ciente daquele desrrespeito à AMAZÔNIA....

Vejam o perigo que corremos neste video...

Retiramos a música tocada automáticamente do blog para que você possa escolher a sua logo abaixo. Estaremos postando novas músicas aqui, se você tem alguma sugestão de deixe-a na comunidade Por uma AMAZÔNIA PARA SEMPRE no Orkut.

Reflexão...

Reflexão...
Não adianta pensarmos que não seremos atingidos pelo clima, ESTAMOS INSERIDOS NESTE SISTEMA!!!

setembro 29, 2007

Consumo consciênte é a única salvação para a AMAZÔNIA!!!





Um estudo realizado pelos cientistas brasileiros Britaldo Soares-Filho e Daniel Nepstad, e publicado no último dia 23 pela revista inglesa Nature, indica que, mantido o atual ritmo de devastação da floresta amazônica, 40% da maior cobertura vegetal do planeta pode desaparecer até 2050. As consequências disso podem facilmente ser classificadas como catastróficas: além da ameaça à biodiversidade do habitat mais rico da Terra, bilhões de toneladas a mais de dióxido de carbono seriam lançadas na atmosfera, contribuindo ainda mais para o aquecimento global.

São três os maiores responsáveis pela derrubada de árvores na Amazônia: a pecuária extensiva, a monocultura de soja e o extrativismo ilegal de madeira. Essas três atividades econômicas têm como objetivo abastecer os mercados interno e externo com carne vermelha, ração para aves e porcos, óleo de cozinha e matéria-prima para fabricação de uma extensa gama de produtos que usam a madeira. Na ponta dessa cadeia produtiva está o consumidor, o único que tem poder para mudar o panorama.



O poder de consumidor está na escolha. Mudar hábitos de consumo é um desafio grande, mas que pode ser vencido se houver a sensibilização sobre a urgência da questão. Ao comer menos carne vermelha, além de fazer bem à saúde, estaremos diminuindo a demanda por pastagens. Optar por alimentos orgânicos (inclusive carne de vaca e de frango), que são produzidos sob normas que preservam o meio ambiente, e comprar apenas produtos feitos de madeira certificada são duas atitudes que certamente contribuem muito para a preservação da Amazônia e outras florestas.

Como não há ainda no Brasil uma regulamentação sobre os alimentos orgânicos, diversas certificadoras usam seus próprios critérios para dar o seu selo. As regras mais comuns para obter o selo de certificação incluem: a desintoxicação do solo (fase de conversão, que dura, aproximadamente, dois anos), a não-utilização de adubos químicos e agrotóxicos, a recomposição de matas ciliares, a preservação de espécies nativas e mananciais, o respeito às normas sociais baseadas nos acordos internacionais do trabalho e a não utilização de sementes geneticamente modificadas.


A certificação florestal, por sua vez, deixou de ser uma realidade distante para se tornar uma realidade para o consumidor brasileiro. Há no mercado 247 linhas de produtos com o selo FSC do Forest Stewardship Council (ou Conselho de Manejo Florestal, em português).São produtos como material de construção, móveis, objetos de decoração, utensílios domésticos, brindes, cosméticos, material escolar e de escritório, além de livros e até alimentos, com a garantia de origem ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável.


Se o consumidor final pode exercer sua responsabilidade ao adquirir produtos e serviços, o mesmo vale para os governos e as empresas. Um bom exemplo disso foi a medida do governo estadual de São Paulo de pôr em prática um programa de compras responsáveis para a madeira nativa utilizada em obras e serviços públicos. O termo estabelece que apenas madeira com origem em planos de manejo florestal será aceita dos fornecedores do governo, excluindo-se madeira de extração predatória e desmatamentos. São Paulo é o primeiro estado da federação a participar do programa "Cidade Amiga da Amazônia", do Greenpeace, que já está em andamento em 28 municípios brasileiros.

No segmento empresarial, a Cargill, uma das maiores empresas do setor da soja, está pressionando produtores da região amazônica a seguirem a legislação ambiental brasileira, que determina que sejam preservados 80% da área de cada propriedade privada na Amazônia. A empresa recentemente assinou compromisso de só comprar soja legalizada.


A situação em números

- Amazônia pode diminuir de 5,3 milhões para 3,2 milhões de quilômetros quadrados em nove países, até 2050, segundo estudo de Britaldo Soares-Filho e Daniel Nepstad. Isso significariam 17 bilhões de toneladas a mais de dióxido de carbono na atmosfera. O Protocolo de Kyoto, caso fosse seguido à risca, evita a emissão de 2 bilhões de toneladas.


- A pecuária extensiva respondeu por 75% da floresta desmatada na região amazônica, principalmente no sul do Pará e norte do Mato Grosso. (Ipam - Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia)

- De 1990 a 2002, cerca de 22 milhões de hectares de floresta foram derrubados. A área equivale aos territórios somados de Bélgica, Dinamarca, Holanda e Portugal. Mais de 70% de tudo o que a floresta perde a cada ano é arrancado de suas bordas.

- Metade da madeira vinda da Amazônia é retirada de maneira ilegal. O principal estímulo à derrubada das árvores é a alta rentabilidade do negócio. A exploração madeireira baseada em técnicas de manejo que conservam a floresta tem um retorno de 71%. Já a derrubada ilegal rende 122%. Além de não pagar impostos nem garantir direitos trabalhistas mínimos a seus empregados, os madeireiros ilegais retiram muito mais madeira do que permite um plano de manejo. (Banco Mundial e Imazon - Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia)

- 35% das florestas intactas do mundo estão na América Latina, grande parte delas na Amazônia. Menos de 10% da superfície terrestre no mundo permanece com cobertura original de florestas, revelando a necessidade do estabelecimento urgente de uma rede global de áreas protegidas.


- Existe, em média, um funcionário responsável por 170 mil hectares nas Unidades de Conservação federais. Já nas áreas estaduais, o caso é mais grave, com um funcionário para cada 279 mil hectares. Isto é, se depender da fiscalização, as matas vão cair.

- Cerca de 15% de toda a madeira extraída na Amazônia em 2004 teve como destino o mercado paulista. Este volume é três vezes maior do que o total exportado para os Estados Unidos - o principal importador de madeira amazônica - no mesmo período. Estima-se que entre 60% e 80% de toda madeira amazônica tenha origem ilegal.

- 35 mil km2 de floresta foram desmatados entre 2003 e 2005, uma área equivalente a 14% do Estado de São Paulo. Cerca de 70% do desmatamento é ilegal e, destas áreas, são extraídos grandes volumes de madeira utilizada na construção de escolas, prédios públicos, postos de saúde e obras de infra-estrutura.

setembro 24, 2007

Catalisadores automotivos baratos são ineficientes!!!


ATENÇÃO, Seu carro pode estar c/ CATALIZADOR FALSO

Muitos comerciantes tem vendido Catalizadores FALSOS!


Uma reportagem exibida ontem pelo fantástico denunciou que muitos comerciantes tem vendido catalisadores FALSOS, eles não cumprem seu papel de filtrar a poluição emitida pela queima dos combustíveis.

Mil cidades no mundo - inclusive aqui no Brasil - aderiram, à jornada internacional do dia sem carros - um movimento em defesa do meio ambiente. O carro é um dos vilões do aquecimento global. Mas você sabia que, obrigatoriamente, todo carro deve ter uma peça que reduz em até 98% a poluição que ele emite?

Saiba tudo sobre esta peça que é fundamental na preservação do meio ambiênte no texto a seguir:


Um dos problemas mais discutidos hoje está ligado à poluição e à relação do homem com a natureza. No Brasil, existem 20 milhões de veículos rodando, e isto representa 90% da poluição. No entanto, mesmo com a frota crescendo, a situação não se agrava nos grandes centros urbanos. Tudo porque estão saindo veículos mais velhos de circulação e entrando nas ruas modelos aperfeiçoados e menos poluentes.

Entre os melhores recursos atuais anti-poluição estão a injeção eletrônica de combustível e o catalisador. Muito importante para o meio ambiente, o catalisador transforma gases nocivos da queima de combustível em derivados menos poluentes.


Os catalisadores, em geral, são substâncias que aceleram determinadas reações ou tornam-nas possíveis, sem reagirem (isto é, eles não reagem, apenas aceleram). No caso dos catalisadores automotivos, as reações que são aceleradas, são as que transformam poluentes (CO, NOx e CxHy) em compostos menos prejudiciais à saúde (CO2, H2O e N2); essas reações são, por exemplo:

2 CO + O2 à 2 CO2

2 C2H6 + 7 O2 à 4 CO2 + 6 H2O

2 NO2 + 4 CO à N2 + 4 CO2


Porém, após anos de uso (foi adotado no Brasil a partir de 92), o equipamento perde sua eficiência. Pelo menos três milhões de carros rodam no País com catalisadores danificados, adulterados ou sem o componente. E isto pode valer uma multa.

Tirando dúvidas. Para “converter” os gases da queima, o catalisador realiza reações químicas em seu interior, revestido de cerâmica e metais. Essa transformação dos gases nada tem a ver com filtro. São metais preciosos que ativam reações com o funcionamento do motor. Três tipos de gases tóxicos são emitidos pelo motor: hidrocarbonetos, monóxido de carbono e óxido de nitrogênio. Quando entram no catalisador, os gases são isolados por uma manta expansiva na carcaça metálica.

Dentro dessa manta, um suporte cerâmico revestido com óxido de alumínio e metais ativos faz uma reação química. Assim, na saída do catalisador são emitidos apenas vapor d’água, gás carbônico (como o que exalamos na respiração) e nitrogênio.

Localizado no sistema de escapamento, logo depois do coletor de escape e cada vez mais próximo ao motor, o catalisador não pode ser eliminado do carro. Além de aumentar a poluição, o sistema de alimentação (principalmente a injeção eletrônica) é projetado para trabalhar em conjunto com o catalisador.


Um bom catalisador (existem muitos falsificados) dura cerca de 80 mil km, mas sua durabilidade também vai depender dos cuidados com o carro. O uso de combustível adulterado - e até alguns aditivos que trazem chumbo em sua composição - além de prejudicar o motor, danifica o catalisador também, pois destroem as camadas de metais preciosos. Queima de óleo do motor, seja devido a anéis dos pistões gastos ou retentores de válvulas desgastados, podem entupir o componente. Além disso, se o motor estiver desregulado, queimando mal o combustível - por problemas nos cabos ou velas de ignição por exemplo - o restante não queimado vai ao catalisador e o danifica. Ou seja, é preciso fazer uma manutenção periódica, inclusive do motor, para verificar todos esses pontos.

Além da manutenção, algumas “boas maneiras” aumentam a vida útil do catalisador. Fazer o veículo pegar “no tranco”, por exemplo, faz com que o combustível líquido chegue ao catalisador, prejudicando a peça. Deve-se também evitar que o catalisador sofra impactos em valetas ou lombadas. Apesar de ficar praticamente escondido entre as dobras da plataforma ou chassi, o componente pode ser atingido e danificado, perdendo eficiência.

QUANDO VOCÊ FOR COMPRAR UM CATALISADOR PARA SEU VEÍCULO PROCURE COMPRAR O MAIS CARO, QUE HOJE (24/07/07), ESTÁ EM TORNO DE R$430,00. CATALISADORES DE ATÉ R$200,00 PODERÃO SER FALSIFICADOS, DENUNCIE ESTA LOJA NO 190!!!

setembro 14, 2007

O buraco na camada de ozônio


A camada de ozônio é uma "capa" desse gás que envolve a Terra e a protege de vários tipos de radiação, sendo que a principal delas, a radiação ultravioleta, é a principal causadora de câncer de pele. No último século, devido ao desenvolvimento industrial, passaram a ser utilizados produtos que emitem clorofluorcarbono (CFC), um gás que ao atingir a camada de ozônio destrói as moléculas que a formam (O3), causando assim a destruição dessa camada da atmosfera. Sem essa camada, a incidência de raios ultravioletas nocivos à Terra fica sensivelmente maior, aumentando as chances de contração de câncer.


Nas últimas décadas tentou-se evitar ao máximo a utilização do CFC e, mesmo assim, o buraco na camada de ozônio continua aumentando, preocupando cada vez mais a população mundial. As ineficientes tentativas de se diminuir a produção de CFC, devido à dificuldade de se substituir esse gás ,principalmente nos refrigeradores, fêz com que o buraco continuasse aumentando, prejudicando cada vez mais a humanidade. Um exemplo do fracasso na tentativa de se eliminar a produção de CFC foi a dos EUA, o maior produtor desse gás em todo planeta. Em 1978 os EUA produziam, em aerossóis, 470 mil toneladas de CFC, aumentando para 235 mil em 1988. Em compensação, a produção de CFC em outros produtos, que era de 350 mil toneladas em 1978, passou para 540 mil em 1988, mostrando a necessidade de se utilizar esse gás em nossa vida quotidiana. É muito difícil encontrar uma solução para o problema. De qualquer forma, temos que evitar ao máximo a utilização desse gás, para que possamos garantir a sobrevivência de nossa espécie.

  • O buraco

A região mais afetada pela destruição da camada de ozônio é a Antártida. Nessa região, principalmente no mês de setembro, quase a metade da concentração de ozônio é misteriosamente sugada da atmosfera. Esse fenômeno deixa à mercê dos raios ultravioletas uma área de 31 milhões de quilômetros quadrados, maior que toda a América do Sul, ou 15% da superfície do planeta. Nas demais áreas do planeta, a diminuição da camada de ozônio também é sensível; de 3 a 7% do ozônio que a compunha já foi destruído pelo homem. Mesmo menores que na Antártida, esses números representam um enorme alerta ao que nos poderá acontecer, se continuarmos a fechar os olhos para esse problema.

  • O que são os raios ultravioleta

Raios

Raios ultravioletas são ondas semelhantes a ondas luminosas, as quais se encontram exatamente acima do extremo violeta do espectro da luz visível. O comprimento de onda dos raios ultravioletas varia de 4,1 x 10-4 até 4,1 x 10-2 mm, sendo que suas ondas mais curtas são as mais prejudiciais.

  • A reação

As moléculas de clorofluorcarbono, ou Freon, passam intactas pela troposfera, que é a parte da atmosfera que vai da superfície até uma altitude média de 10.000 metros. Em seguida essas moléculas atingem a estratosfera, onde os raios ultravioletas do sol aparecem em maior quantidade. Esses raios quebram as partículas de CFC (ClFC) liberando o átomo de cloro. Este átomo, então, rompe a molécula de ozônio (O3), formando monóxido de cloro (ClO) e oxigênio (O2).


A reação tem continuidade e logo o átomo de cloro libera o de oxigênio que se liga a um átomo de oxigênio de outra molécula de ozônio, e o átomo de cloro passa a destruir outra molécula de ozônio, criando uma reação em cadeia.


Por outro lado, existe a reação que beneficia a camada de ozônio: Quando a luz solar atua sobre óxidos de nitrogênio, estes podem reagir liberando os átomos de oxigênio, que se combinam e produzem ozônio. Estes óxidos de nitrogênio são produzidos continuamente pelos veículos automotores, resultado da queima de combustíveis fósseis. Infelizmente, a produção de CFC, mesmo sendo menor que a de óxidos de nitrogênio, consegue, devido à reação em cadeia já explicada, destruir um número bem maior de moléculas de ozônio que as produzidas pelos automóveis.

  • Porque na Antártida

Em todo o mundo as massas de ar circulam, sendo que um poluente lançado no Brasil pode atingir a Europa devido a correntes de convecção. Na Antártida, por sua vez, devido ao rigoroso inverno de seis meses, essa circulação de ar não ocorre e, assim, formam-se círculos de convecção exclusivos daquela área. Os poluentes atraídos durante o verão permanecem na Antártida até a época de subirem para a estratosfera. Ao chegar o verão, os primeiros raios de sol quebram as moléculas de CFC encontradas nessa área, iniciando a reação. Em 1988, foi constatado que na atmosfera da Antártida, a concentração de monóxido de cloro é cem vezes maior que em qualquer outra parte do mundo.


  • No Brasil ainda há pouco com que se preocupar

No Brasil, a camada de ozônio ainda não perdeu 5% do seu tamanho original, de acordo com os instrumentos medidores do INPE (Instituto de Pesquisas Espaciais). O instituto acompanha a movimentação do gás na atmosfera desde 1978 e até hoje não detectou nenhuma variação significante, provavelmente pela pouca produção de CFC no Brasil em comparação com os países de primeiro mundo. No Brasil apenas 5% dos aerosóis utilizam CFC, já que uma mistura de butano e propano é significativamente mais barata, funcionando perfeitamente em substituição ao clorofluorcarbono.

  • Os males

A principal conseqüência da destruição da camada de ozônio será o grande aumento da incidência de câncer de pele, desde que os raios ultravioletas são mutagênicos. Além disso, existe a hipótese segundo a qual a destruição da camada de ozônio pode causar desequilíbrio no clima, resultando no efeito estufa, o que causaria o descongelamento das geleiras polares e conseqüente inundação de muitos territórios que atualmente se encontram em condições de habitação. De qualquer forma, a maior preocupação dos cientistas é mesmo com o câncer de pele, cuja incidência vem aumentando nos últimos vinte anos. Cada vez mais aconselha-se a evitar o sol nas horas em que esteja muito forte, assim como a utilização de filtros solares, únicas maneiras de se prevenir e de se proteger a pele.

Queimadas na Amazônia...



Comparado aos países desenvolvidos do hemisfério norte, o Brasil contribui pouco para a emissão global dos gases do efeito estufa, embora as queimadas na Amazônia sejam o grande “pecado” brasileiro quando o assunto é a emissão dos gases que acabam provocando o aquecimento global.

De acordo com o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, José Marengo, "nós temos uma contribuição relativamente importante na forma de queimadas associadas ao desmatamento”.

O país é ecologicamente correto na geração de energia, já que 80% da principal fonte energética do país (a energia elétrica) é gerada a partir de hidrelétricas, segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA). O Brasil também ganha pontos por possuir um programa de substituição de combustíveis fósseis por renováveis, o Programa Nacional do Biodiesel. No momento, o etanol (nome científico do álcool da cana-de-açúcar) alcança 45% da matriz energética brasileira, segundo o MMA.


As queimadas da Amazônia, de acordo com a organização não-governamental Iniciativa Verde, respondem por aproximadamente 70% das emissões brasileiras de gases do efeito estufa. “O mais urgente, em questão de mudança climática, é estancar as queimadas na Amazônia a qualquer custo. É inadmissível que o país tenha essa postura indolente em relação a um crime ambiental dessa monta”, reivindica o diretor da Iniciativa Verde, Osvaldo Martins.


“O nosso principal vilão das emissões brasileiras são os desmatamentos na Amazônia. Se não fossem os desmatamentos na Amazônia o Brasil seria um país que emitiria muito pouco, porque os desmatamentos aumentam muito essas emissões”, concorda o climatologista Carlos Nobre, pesquisador do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec-Inpe).


O governo brasileiro conseguiu reduzir em 52% o desmatamento da Amazônia nos últimos dois anos. De acordo com o MMA, a redução do desmatamento evitou a emissão de cerca de 430 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera. Outra atitude tomada para evitar as queimadas foi a criação de novas unidades de conservação federal, que atualmente já superam 50 milhões de hectares.


O consumidor, por sua vez, também pode contribuir para a diminuição das queimadas na Amazônia. Nobre lembra que o cidadão é quem consome a madeira que muitas vezes é extraída ilegalmente, com desmatamentos ilegais. Ou então consome a carne da pecuária que invadiu a floresta com queimadas ilegais para plantar pasto.


“O consumidor consciente, o consumidor responsável, [verifica] a origem dos produtos. Ele vai olhar os produtos que vêm da Amazônia e vai olhar a origem. Se não for legal, ele não consome. Como isso o consumidor estará dando uma enorme contribuição à redução dos desmatamentos na Amazônia que, como eu falei, é a principal fonte de emissões de gases do efeito estufa”.


setembro 10, 2007

Vários animais de nossa fauna ameaçados de extinção......



O aumento da população mundial, a poluição, a necessidade de se expandir as fronteiras agrícolas para dar alimento a toda a crescente população mundial e a destruição das áreas naturais, principalmente das florestas tropicais, vêm sendo as causas principais de ameaça à sobrevivência das espécies.


Preocupados com isso muitos cientistas e entidades têm elaborado listas com os animais ameaçados de extinção, que são indicadoras da situação bem como instrumentos de suporte para projetos de preservação e conservação.


Livros chamados vermelhos com listas de animais ameaçados de extinção não faltam. Na Argentina o livro "Los que se van" de Juan Carlos Chebez (Editorial Albatroz, Buenos Aires, Argentina.) catalogou centenas de animais em perigo de extinção, mostrando quão é grave a situação também neste país vizinho.


Uma das principais listas do mundo é da World Conservation Union (IUCN), pois compreende um dos mais completos levantamentos sobre a fauna e flora.


O Brasil é o país que tem a maior biodiversidade do mundo. Para citar um exemplo desta riqueza, citemos a Floresta Atlântica, que abriga 73 espécies de mamíferos, 160 de pássaros, 128 de anfíbios, e cerca de 20.000 espécies de plantas. Que dirá a Floresta Amazônica com seus quase 5 milhões de km2?


No dia 22 de maio de 2003 foi publicada pelo Ministério do Meio Ambiente a nova lista da fauna silvestre brasileira ameaçada de extinção, relacionando 395 animais, o que é preocupante principalmente porque houve um aumento de quase 100% da lista anterior, que contava com 219 espécies.


Deve-se ressaltar que nesta nova lista não constam ainda os peixes.


Veja a lista atual na página abaixo!!!

www.mma.gov.br


Aves ameaçadas de extinção no Brasil

O Brasil é um dos países que possui a maior diversidade de aves do mundo estando com 1677 espécies, conforme Helmut Sick (Ornitologia Brasileira, Ed. Nova Fronteira, 1997).



Segundo a BirdLife International na sua publicação Key areas for threatened birds in the Neotropics (Wege and Long 1995), que tomou por base, principalmente o livro "Threatened birds of the Americas: the ICBP/IUCN Red Data Book" (Collar et al. 1992) existem 97 espécies de aves brasileiras ameaçadas de extinção cuja lista segue abaixo. Na relação estão os nomes de algmas de nossas aves que correm sérios riscos de desaparecer:


Codorna-mineira, buraqueira
Inhambu-carapé

Pato-mergulhão

Gavião-pomba

Águia-cinzenta

Jacutinga

Mutum-do-nordeste

Mutum-do-sudeste

Mutum-fava

Sanã-de-cara-ruiva

Rolinha-do-planalto

Pararu

Arara-azul-pequena

Arara-azul-grande

Arara-azul-de-Lear

Ararinha-azul

Periquito-rei

Guaruba

Fura-mato;

Apuim-de-cauda-vermelha

Apuim-de-cauda-amarela

Papagaio-de-cara-roxa

Papagaio-da-serra

Chauá

Papagaio-de-peito-roxo

Sabiá-cica

Bacurau-rabo-branco

Curiango-do-banhado

Balança-rabo-canela

Cuitelão

Pica-pau-de-cara-amarela

Arapaçu-do-nordeste

Puruchém

Tatac

Lenheiro-da-serra-do-cipó

setembro 09, 2007

CHUVA ÁCIDA


A chuva ácida é uma das principais consequências da poluição do ar. As queimas de carvão ou de peróleo liberam resíduos gasosos, como óxidos de nitrôgenio e de enxofre. A reação dessas substâncias com a água forma ácido nítrico e ácido sulfúrico, presentes nas precipitações de chuva ácida.


Os poluentes do ar são carregados pelos ventos e viajam milhares de quilômetros; assim, as chuvas ácidas podem cair a grandes distâncias das fontes poluidoras, prejudicando outros países.


O solo se empobrece, a vegetação fica comprometida. A acidificação prejudica os organismos em rios e lagoas, comprometendo a pesca. Monumentos de mármore são corruídos, aos poucos, pela chuva ácida.



Prejuízos para o homem:


1. Saúde: A chuva ácida libera metais tóxicos que estavam no solo. Esses metais podem alcançar rios e serem utilizados pelo homem causando sérios problemas de saúde.

2. Prédios, casas, arquiteturas: A chuva ácida também ajuda a corroer os materiais usados nas construções como casas, edifícios e arquitetura, destruindo represas, turbinas hidrelétricas etc.




Prejuízos para o meio ambiente:

1. Lagos: Os lagos podem ser os mais prejudicados com o efeito da chuva ácida, pois podem ficar totalmente acidificados perdendo toda a sua vida.

2. Desmatamentos: A chuva ácida faz clareiras, matando duas ou três árvores. Imagine uma floresta com muitas árvores utilizando mutuamente, agora duas árvores são atingidas pela chuva ácida e morrem e assim vão indo até formar uma clareira. Essas reações podem destruir florestas.

3. Agricultura: A chuva ácida afeta as plantações quase do mesmo jeito que das florestas, só que é destruída mais rápido já que as plantas são do mesmo tamanho, tendo assim mais áreas atingidas.




Como evitar a Chuva Ácida:

-Conservar energia
-Transporte coletivo
-Utilização do metrô
-Utilizar fontes de energia menos poluentes
-Purificação dos escapamentos dos veículos
-Utilizar combustíveis com baixo teor de enxofre.

O termo chuva ácida foi primeiramente usado em 1872 por Robert Angus Smith, um químico e climatologista inglês. Ele usou para descrever a precipitação ácida em Manchester logo após a revolução Industrial.


A água neutra tem pH de 7, a chuva torna-se naturalmente ácida pela dissolução de dióxido de carbono da atmosfera.

O dióxido de carbono reage reversivelmente com a água para formar um ácido fraco : o ácido carbônico.


No equilíbrio o pH desta solução é 5,6, assim a água é naturalmente ácida pelo dióxido de carbono. Qualquer chuva com pH abaixo de 5,6 é considerado excessivamente ácido.


Dióxido de nitrogênio NO2 e dióxido de enxofre SO2 podem reagir com substâncias da atmosfera produzindo ácidos, estes gases podem se dissolver em gotas de chuva e em partículas de aerossóis e em condições favoráveis precipitarem-se em chuva ou neve.


Dióxido de nitrogênio pode se transformar em ácido nítrico e em ácido nitroso e dióxido de enxofre pode se transformar em ácido sulfúrico e ácido sulfuroso.


Amostras de gelo da Groelândia datadas de 1900 mostram a presença de sulfatos e nitratos , o que indica que já em 1900 tínhamos a chuva ácida.


O pior de tudo é que a chuva ácida pode se formar em locais distantes da produção de óxidos de enxofre e nitrogênio.


A chuva ácida é um grande problema da atualidade porque anualmente grandes quantidades de óxidos ácidos são formados pela atividade humana e colocados na atmosfera. Quando uma precipitação (chuva) ácida cai em um local que não pode tolerar a acidez anormal, sérios problemas ambientais podem ocorrer.


Em algumas áreas dos estados unidos o pH da chuva já chegou a 1,5 (West Virginia), como já percebemos chuva e neve ácidas não conhecem fronteiras, poluição de um país pode causar chuva ácida em outro , como o Canadá que sofre com a poluição dos EUA.


A extensão dos problemas da chuva ácida pode ser visto pelos lagos sem peixes, árvores mortas , construções e obras de arte feitas a partir de rochas destruídas irreversivelmente.


A chuva ácida pode causar perturbações nos estômatos das folhas das árvores causando um aumento de transpiração e deixando a árvore deficiente me água , a chuva ácida pode acidificar o solo, danificar raízes aéreas e assim diminuir a quantidade de nutrientes transportada, a chuva ácida pode carregar minerais importantes do solo, como fazer o solo guardar minerais de efeito tóxico, como íons de metais. Estes íons tóxicos não causavam problemas ,pois são naturalmente insolúveis em á gua no pH normal da chuva, com o aumento de pH pode-se aumentar a solubilidade de muitos minerais . Por exemplo, os prótons da chuva ácida podem reagir com o insolúvel hidróxido de alumínio encontrado no solo, gerando íons alumínio que podem ser capturados pelas raízes das plantas.


Escreva para nós as suas dúvidas, críticas e sugestões !!

setembro 07, 2007

Recicle Carbono!!!



O funcionamento do Recicle Carbono é muito simples. É preciso quantificar, reduzir consumos e compensar emissões inevitáveis.

Quantificar

- Indivíduos: através de calculadoras online
- Empresas: através das calculadoras online ou de inventário personalizado desenvolvido pelo Recicle Carbono

Compensar emissões inevitáveis

- Quantificar o volume a ser sequestrado
- Sequestrar o carbono na Floresta Madeira Certificada (Brasil)
- Tentar estocar pelo maior tempo possível o carbono sequestrado na definição do uso da madeira extraída da floresta

A neutralização do carbono pode se dar sobre as emissões associadas:

  • a viagens, de qualquer meio de transporte, tais como avião, carro, ônibus;
  • ao consumo de energia no dia-a-dia;
  • às atividades ou processos produtivos da empresa;
  • a eventos, congressos, concertos, competições esportivas;
  • a produtos e serviços prestados.

Reduzir as emissões de CO2 e demais gases causadores do efeito estufa

É muito importante que indivíduos e empresas busquem a redução das emissões desses gases complementarmente à neutralização do CO2 através do plantio de árvores:
- Alterando comportamento
- Aumentando eficiências energéticas

Metodologia de quantificação

Recicle Carbono se baseia na metodologia desenvolvida pelo orgão ambiental mais conceituado no mundo, o WBCSD (World Business Council for Sustainable Development) e o WRI (World Resources Institute).

Os cálculos consideram, na medida do possível, os seis gases de efeito estufa abrangidos pelo Protocolo de Kyoto, sendo apresentados em equivalência de CO2.

Para os indivíduos, o cálculo é feito através das calculadoras online. Para as empresas, o cálculo pode ser feito através de nossas calculadoras online ou através da realização de um inventário de emissões, com dados recolhidos junto às empresas. Nos dois casos, os fatores de emissão padrão são também os estabelecidos pelo WBCSD e WRI. Compensação das emissões

A compensação é realizada através de árvores recém plantadas e do plantio de novas árvores em área de reflorestamento na Fazenda Madeira Certificada, localizada no município de Jaraguari no Mato Grosso do Sul. Este local foi escolhido considerando-se: a altitude; o alto índice pluviométrico; o preparo e correção do solo e a terra fértil resultando em crescimento mais rápido com consequente maior e mais rápida fixação de carbono.

A área florestal possui uma gestão sustentável, e utiliza 4 espécies assimiladas ao ecossistema local. As árvores são geridas por um período de 18 anos, sendo renovada a floresta a partir do 15º ano.

Dentre as espécies plantadas, o guanandi, é nativa e correu riscos de extinção.

A floresta possuirá plano de monitoramento da quantidade sequestrada de carbono durante todo o período.

O plantio foi executado em um período de 6 meses, ocupando uma área de cerrado e pasto (a atividade pecuária é emissora de gás metano, que é 21 vezes mais danoso à atmosfera que o CO2).


Quantificação do sequestro de carbono

A quantificação será feita através de inventários anuais em campo, onde serão recolhidas amostras de diferentes árvores, para posteriormente serem analisadas em laboratório, a proporção da biomassa versus carbono fixado.

Foi feita uma estimativa inicial da capacidade de sequestro de carbono, baseada na análise do tipo de árvore e do local do plantio.

Funcionamento do Filtrômetro

O funcionamento do filtrômetro se baseia na quantidade de CO2 que está sendo removido da atmosfera, definido pelo total estimado de madeira produzida em nossa floresta. Tem como fundamento a quantidade estimada total de CO2 a ser absorvido durante o ciclo completo do manejo da floresta. O cálculo final do volume reciclado por segundo se baseia no total de anos do ciclo (18) reduzido para dias, horas, minutos e segundos, a partir do volume total da madeira. Para se chegar a esse volume por hora, foram feitos os seguintes cálculos:

1. O volume de madeira ao final do ciclo foi transformado em teor de Carbono multiplicando-se o volume de madeira estimada pela sua densidade e pelo teor de carbono de cada espécie.

2. O Carbono armazenado na biomassa acima do solo de cada espécie foi obtida multiplicando-se o carbono armazenado na madeira por um valor conservador de 1,2. (Schumacher & Witshoreck, 2004)

3. O volume de CO2 foi obtido multiplicando-se o valor de carbono por 44/12.

4. O cálculo final do volume reciclado por segundo se baseia no total de anos do ciclo (18) reduzido para dias, horas, minutos e segundos, a partir do volume total da madeira.



Mais informações visite o site:

www.reciclecarbono.com.br


Projetos destinados à amazônia criticados por peritos internacionais.



As grandes obras de infra-estrutura anunciadas pelo governo Lula, como a hidrovia do Madeira, o asfaltamento da Cuiabá-Santarém (BR-163) e o gasoduto Urucu-Porto Velho representam um risco socioambiental para a Amazônia, afirma o relatório do International Advisory Group (IAG).


O IAG pede ao governo Lula para reformular substancialmente seus grandes projetos de infra-estrutura que terão impacto direto sobre as populações, as reservas indígenas e o ambiente da Amazônia.

  • Hidrovia do Madeira

Esta hidrovia, com extensão de 1056 km, entre a cidade de Porto Velho (RO) e a foz do Rio Madeira, no Rio Amazonas, é destinada a ser um dos principais corredores de exportação da soja do Centro-Oeste brasileiro.

Sua ampliação irá inundar uma imensa área intocada da floresta Amazônia, segundo o relatório do grupo, que sugere outras alternativas.


  • BR-163 e gasoduto Urucu-Porto Velho

O escoamento da produção de soja é apontado também como argumento para o asfaltamento da Cuiabá-Santarém (BR-163). O problema é o desmatamento às margens da rodovia, que estimula a exploração ilegal de madeira e a migração descontrolada.

Os mesmos problemas de desmatamento de áreas virgens e de colonização desenfreada serão ocasionados, também, pela construção do gasoduto Urucu-Porto Velho. Esta obra da Petrobrás, com extensão de 522 km e orçada em US $ 250 milhões, destina-se a levar o gás natural de Urucu, no Amazonas, para a capital rondoniense.

O gás natural substituiria o óleo diesel na usina termelétrica que gera eletricidade para a capital rondoniense.

Roberto Semeraldi, membro do IAG e diretor da ONG Amigos da Terra, alega que o governo brasileiro optou pelo traçado do gasoduto sem estudar outras alternativas, como por exemplo aproveitar uma linha de transmissão elétrica já existente.


  • “Imposto Amazonas”

Segundo dados oficiais do governo brasileiro, o desmatamento da Amazônia acelerou-se nos útlimos anos: 16% da Floresta Amazônica já está destruída. O professor Niekisch afirma que os responsáveis pela destruição não são os pequenos lavradores, e sim as grandes empresas da agroindústria.

O programa piloto internacional para salvar as florestas brasileiras já existe há dez anos. A Alemanha contribui com US $ 350 milhões para o seu financiamento. Os membros do grupo de assessoria (IAG) reúnem-se duas vezes por ano para fazer um balanço e formular propostas ao governo brasileiro e aos parceiros internacionais.

Neste seu último relatório, o grupo sugeriu a criação de um “imposto Amazonas”, taxando todos os produtos oriundos da região. A idéia deste imposto baseia-se no modelo do Alaska Permanent Fund Corporation, que existe desde 1982 e paga dividendos anuais de cerca de US $ 2000 à população local.

Paulo Chagas



Soja versus floresta:

O órgão do governo federal divulgou análise na qual afirma que a expansão da soja não provoca aumento dos desmatamentos no Cerrado e Amazônia. Ao contrário, garante que o plantio do grão contribue para a preservação ambiental. Mas um levantamento coordenado pelo ISA demonstra que a soja provoca sim - tanto direta como indiretamente - a derrubada de matas primárias.

A polêmica em torno do avanço do cultivo da soja sobre a floresta amazônica e o Cerrado brasileiro – e o impacto causado pela agroindústria no desmatamento de matas primárias - começou na semana passada com a divulgação de um texto produzido por três pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), fundação vinculada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão do governo federal. As conclusões do texto e a apresentação de contrapontos às teses nelas embutidas, por parte de organizações não-governamentais e especialistas no tema, ocuparam importantes espaços na imprensa brasileira e estrangeira nos últimos dias, revelando a importância da questão tratada.

O texto “Crescimento agrícola no período 1999-2004, explosão da área plantada com soja e meio ambiente no Brasil”, aborda em vinte e uma páginas a questão das variações cambiais sobre os preços agrícolas, traça uma perspectiva para o crescimento do setor agrícola neste ano e detalha os fatores macro-econômicos e o aumento de recursos tecnológicos por trás do crescimento das áreas cultivadas no País nos últimos anos. O texto analisa o cenário agrícola nacional, mas fecha o foco na região centro-oeste, onde a área plantada com soja obteve um crescimento de mais de 66% entre 2001 e 2004. A polêmica do texto, contudo, subsiste em outros dois capítulos. No quinto – denominado “A conversão de pastagens como fonte principal de crescimento recente da área de soja no Brasil” - os autores do estudo defendem a hipótese de que a expansão nos últimos três anos das áreas cultivadas com soja, que cresce a uma média anual de 13,8%, não provocou o aumento do desmatamento da floresta amazônica nem do cerrado.


"Soja no lugar de gado"

O estudo do Ipea afirma que o cultivo do grão avançou principalmente sobre "pastagens degradadas" e não sobre "áreas virgens". Explica que há uma espécie de simbiose entre o setor sojicultor e o pecuarista, de modo que o último arrenda as terras para o primeiro em troca de sacas de grãos e o retorno das propriedades com melhora na qualidade do solo. O principal argumento apresentado para justificar a tese da soja no lugar do boi é o de que não haveria tempo hábil, pela ausência de recursos tecnológicos, para converter floresta primária em área de cultivo. Os autores do texto garantem que é impossível que uma nova área desmatada seja convertida em plantação de soja em menos de três anos.



Esta área vem sendo desmatada desde 2002, segundo a Fundação Estadual do Meio Ambiente do Mato Grosso. Fotografada em novembro de 2004, já apresenta conversão em soja e infra-estrutura

O curioso é que os técnicos do Ipea, ao concluírem que as plantações de soja avançam sobre áreas de pastagem degradadas e não sobre floresta, não levam em conta a situação existente no norte do estado do Mato Grosso. Epicentro do recente boom da soja na região centro-oeste, é nesse estado, de acordo com dados do próprio governo federal, que o desmatamento atingiu índices recordes nos últimos anos. O instituto Socioambiental, por sinal, publicou em outubro de 2003 reportagem especial sobre os impactos do plantio do grão em larga escala sobre o Parque Indígena do Xingu, localizado na região central e norte do estado. O Ipea tampouco utiliza dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), uma das maiores referências no monitoramento por imagens de satélite do ritmo e rumo dos desmatamentos no Brasil.

Para o engenheiro Maurício Galinkin, que trabalhou por 18 anos no Ipea, o trabalho dos ex-colegas promove uma espécie de “santificação” da soja. “É importante ressaltar que o problema não é a soja em si, mas a forma ostensiva como ela está sendo cultivada na região centro-oeste. E, de fato, há plantações sobre pastagens, mas é uma tendência tímida que não vale como regra.” O especialista, que ministrará uma oficina sobre impactos socioambientais da soja na quinta edição do Fórum Social Mundial, na próxima semana em Porto Alegre, também aponta diversos equívocos no documento do Ipea, como a não distinção entre pasto natural e pasto plantado. “A maioria dos pastos no Mato Grosso é natural e precisa ser desmatada antes do cultivo da soja”, ressalva o presidente da Fundação Centro Brasileiro de Referência e Apoio Cultural (Cebrac).


Amizade suspeita

O outro capítulo controverso do texto do Ipea é o sexto, intitulado “A soja é amiga ou inimiga da floresta amazônica?”. Nele, o estudo diz que a soja não ameaça a floresta amazônica e defende ostensivamente o asfaltamento da BR-163 para escoar a produção de grãos das regiões norte e centro-oeste. Os técnicos do Ipea sustentam que a soja na região da floresta amazônica aumenta o custo da terra e afasta da região os agricultores, madeireiros e pecuaristas que, sem recursos tecnológicos e infra-estrutura, são os verdadeiros responsáveis pela derrubada da mata. O que não está explicado é de que forma esta agricultura itinerante e de baixo nível tecnológico conseguiu, sozinha, desmatar 7 milhões de hectares de floresta amazônica no período analisado pelo documento.



Foto de novembro de 2004 mostra área ilegal com soja ao lado de floresta, no Mato Grosso. A conversão em plantação se deu em menos de um ano, de acordo com o governo estadual


O estudo afirma também que o cultivo da soja é mais fácil de ser monitorado pelos órgãos públicos e que o setor sojicultor não oferece a oportunidade para o Estado brasileiro assumir atitude paternalista – ao contrário dos pequenos agricultores que, por serem pobres, inspiram nas autoridades complacência em relação a seus crimes ambientais. Nessa ginástica de argumentos, os pesquisadores esticam um paralelo entre a fiscalização ambiental na região amazônica com as leis que impedem a construção de casas de alto padrão nos morros do Rio de Janeiro. Para os autores do estudo, a lógica que dá origem às favelas cariocas é a mesma que permite o desmatamento da Amazônia e do Cerrado.

A análise do Ipea vem à publico em um momento interessante, quando o Fórum Brasileiro de Organizações Não-Governamentais e Movimentos Sociais (FBOMS) finaliza outro trabalho sobre o mesmo tema. Este estudo, do qual o Instituto Socioambiental é coordenador, ainda não foi concluído. Mas já apresenta dados diferentes das conclusões oferecidas pelo órgão do governo. Nele, os pesquisadores constataram em sobrevôos e imagens de satélite que há uma relação direta entre a produção de soja e desmatamento nas regiões do centro e do norte do Mato Grosso. A pesquisa revela que as áreas de Cerrado e de floresta de transição desmatadas nos últimos anos já estão sendo cultivadas com soja. Foram convertidas em tempo bem inferior (de um a dois anos) ao estipulado como limite pelos técnicos do Ipea. (Clique aqui para saber qual foi a área sobrevoada no MT pelo FBOMS no final de 2004)

O levantamento realizado pelas ONGs demonstra que, de fato, a soja ocupa áreas antes utilizadas como pasto. Ao fazê-lo, empurra o gado para novas fronteiras, ampliando as áreas desmatadas. Ou seja, a expansão da área cultivada com soja provoca o desmatamento de áreas de floresta amazônica e Cerrado tanto direta como indiretamente. O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues - principal defensor do agronegócio brasileiro no governo federal -, admitiu publicamente que esta relação existe e deve ser levada em conta na formulação de estratégias para o setor agrícola. (Clique aqui para ver a dinâmica do desmatamento no MT e a rota sobrevoada em detalhe)

Diante destas constatações – e no modo generalista com que seus autores tratam a questão da soja na Amazônia, sem levar em conta os diferentes aspectos socioambientais de cada microrregião - , o estudo do Ipea, ainda que tenha seu valor ao apresentar nova abordagem sobre a questão e contribuir para a aprofundamento da discussão, se precipita ao cravar que a soja é amiga da floresta. “Seria interessante que o Ipea e o Ministério do Meio Ambiente sobrevoassem conosco alguns dos 65 maiores desmatamentos ilegais ocorridos 2003 no Mato Grosso, cuja lista é uma das bases utilizadas em nosso trabalho”, afirma o advogado André Lima, coordenador de Biodiversidade do ISA. O convite está feito.


ISA, Bruno Weis

Mais Informações: http://www.isa.org.br/home_html